Os Insubstituíveis
Independentemente da competência das pessoas, do seu valor pela experiência ou ideais, da sua estrutura moral e cívica, do seu credo ou cor política devia haver um pacto universal para um limite de idade para todos os cargos e funções dirigentes (nem que fosse por pressão da opinião pública). Talvez 70 anos, 72 no limite. Há que dar lugar às gerações seguintes, há que dar experiência aos seguintes, dar lugar aos outros, à renovação. O respeito pelos antecedentes não se faz perpetuando-os nos lugares. O respeito pelos que eventualmente contribuíram de forma valorosa faz-se colocando-os em lugares como senadores, como conselheiros.
Isto devia ser uma convenção internacional, todos os países, todas as civilizações, todas as culturas e religiões. Alguém tem que dar o primeiro passo.
Senão é o que se vê, criam-se insubstituíveis, criam-se lugares vitalícios. Depois há aqueles que ano após ano, década após década vão dizendo que não estão agarrados ao poder, não estão agarrados ao lugar.😅🤪🤐
Criam-se teias de interesses, instalam-se oligarquias e nepotismo,
Quem é que "conhece" quem, se uma pessoa conhece alguém num lugar importante o num lugar chave, ou até que é familiar de outra que tem acesso ao corredor dum "poder" concreto, tudo fica mais fácil para "agilizar".
E o povo habitua-se a questionar os colegas, família ou amigos: - "olha lá, conheces alguém no hospital x, na junta x', na câmara y, no ministério y,, na universidade z, na empresa z', etc., etc.
Isto só se muda em gerações, quando for uma vergonha, quando se mudar está cultura da veneração do culto da personalidade.
In: https://ovelhodaminhaaldeia.blogspot.com/2024/04/os-insubstituiveis.html?m=1
Artigo de opinião de Sérgio Nunes
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